domingo, 27 de maio de 2012

Ciclos


Posso pular do abismo? Vou lá pr'aquela fundura, mergulhar e depois cair e cair. Que frio na barriga só de pensar! Vai ser assim, quatro passos para trás, aí corro e pulo e.
Aqui em cima, campos, céu infinito; é bom, mas preciso de mais. Lá em baixo, depois da fundura escura e longa, não sei o que há, sinto até medo. Não quero, mas preciso, vou mergulhar.
Mergulhar e renascer em outro lugar. Outro corpo, outro nome. O fundo do abismo é reinvenção, é tomada de fôlego para pular e alcançar novamente o campos e céu infinito.

2 comentários:

  1. Todas as formas de liberdade são válidas, sempre penso isso. Pular também pode ser bom; o desconhecido é tentador. As vezes respirar fundo e tomar fôlego é muito necessário. Beijo!

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  2. Ismália. Um dos meus poemas favoritos. 

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