domingo, 15 de julho de 2012

8/80


Em horas extremas, de felicidade ou melancolia, a anatomia perde a vez e as leis da física não se aplicam. É o coração que cai no chão e vira cacos, é o nó que dá na garganta ou a cabeça que está nas nuvens e tantas outras peripécias que nosso corpo é capaz quando se arrebenta a coleira que prendia nossos sentimentos desobedientes.
A vida é tão intensa e os extremos tão constantes que por vezes me sinto uma mulher-elástico. Cabeça no sétimo céus contemplando o reino da fantasia enquanto o estômago gruda no chão de tão nervoso. E seguimos em alta velocidade nessa montanha-russa.
Por isso como meus vegetais para ficar fortinha, faço minha oração e, quando o vagão está em queda quase livre, ergo os braços, solto um grito e aproveito o frio na barriga.

rush.vital signs

4 comentários:

  1. Não tenho conseguido aproveitar tanto o frio na barriga. Essas rollercosters não costumam fazer bem. Mas quem disse que tem outro jeito de viver?


    E quem escreve lindo qq coisa, em em?

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  2. Olha, eu também não tenho aproveitado muito... a não para escrever sobre. =]

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  3. Confesso que ando meio cansada de tanta montanha russa, de ser tão 8 ou 80. Ando machucando as pessoas ao meu redor nesses extremos, que estão mais visíveis que nunca. Quase bipolar. Queria um pouco de calmaria pra variar um pouco. 


    E quem escreve lindo qq coisa, em em? [2]

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  4. Cara, eu geralmente não machuco as pessoas com a minha oito-oitentice por que eu sou daquelas com cara de paisagem, sabe? Por dentro é um caos só, por fora tô na paz do Senhor. Mas às vezes alguma fagulha escapa, de qualquer forma, se não acerta o outro, volta pra mim e me machuca toda. Não é fácil.
    'E quem escreve lindo qq coisa, em em? [2]' Yay! Fão clube de 2 \o/

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